A vida é feita de ciclos e recomeços. Neste post, conto a jornada que me fez não só olhar para a cozinha profissional e me lançou no mundo dos investimentos — tudo impulsionado por uma frustração que mudou completamente a minha trajetória.
1. O Sonho da Estabilidade
Comecei minha carreira na hotelaria e gastronomia (e gestão), uma paixão de infância. Trabalhei, estudei, com esse esfoço e trabalho, juntei dinheiro juntamente com com minha namorada e sonhei com uma casa própria. Tudo parecia possível até que veio a pandemia.
2. O Despertar Durante a Crise
Com a Covid‑19, fiquei em lay‑off. Estava em casa, com tempo para pensar e contas para pagar. Descobri que, mesmo com dinheiro guardado e alguma estabilidade, não conseguia realizar o sonho da casa própria: os preços crescem muito mais rápido do que os nossos salários e ordenados, e o rendimento de uma pessoa com apenas um trabalho não chega para ter uma vida média. Isso revoltou‑me — parecia que o sistema estava contra mim.
3. O Mergulho no Bitcoin
Foi nesse momento que conheci o Bitcoin e comecei a estudar economia austríaca, inflação, liberdade individual e a filosofia da descentralização por trás das criptomoedas. Meu foco virou entender como o dinheiro funciona e como fugir da armadilha do salário que nunca é suficiente.
4. Do Trading à Educação
Investi os poucos euros que tinha. Errei, ganhei, estudei muito. Vi que o mercado carecia de conteúdo acessível em português sobre análise técnica. Assim nasceu a OUROBOROS livros didáticos, com gráficos e exemplos práticos.
5. A Estratégia Multifractal
Com o tempo, desenvolvi uma metodologia própria — a Estratégia Multifractal — baseada em fundamentos e comportamentos sociais e cíclicos, em estudos econômicos sobre o funcionamento do dinheiro, nas tecnologias e na própria evolução e necessidades humanas.
Percebi que o mundo é um pouco “sujo”: os sistemas são criações da nossa mente e, por não serem físicos, estão sujeitos a falhas e vulnerabilidades. Quem os cria, detém ou controla costuma explorar essas brechas em benefício próprio. Não encarei isso como um erro, mas como parte da natureza humana: somos falhos e corruptíveis. E, se essas falhas existem e eu posso, sem perder minha ética nem comprometer o outro, conseguir lucrar e elevar o meu patamar e o dos meus, por que não?
6. Mais do que Dinheiro, um Propósito
Não busco jatinhos nem fama. Quero tempo, liberdade e um pedaço de terra para plantar. Compartilho meu caminho para partilhar experiências e, se possível, ajudar e melhorar a vida de quem também sente que o sistema não joga a nosso favor.